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BLOG TATAGUAÇÚ

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BLOG TATAGUAÇÚ 
Reviveremos a nossa história através de fotos, cujo objetivo nosso é publicar continuamente nesse blog. A empreitada será difícil, mas para isso contarei com o apoio de todos vocês, que assim como eu gosta desse tipo de reminiscências. Será aqui, quase sempre uma página de saudades. Saudades dos velhos e bons tempos e que nós estávamos lá, coadjuvantes daqueles momentos eternizados apenas nas nossas lembranças e que aqui, eis a oportunidade de rememorá-las.

ASSIM APRESENTAMOS O BLOG TATAGUAÇÚ, O BLOG DE QUEIMADAS.

É com o exemplo da foto a seguir, que nos propomos trabalhar. Cada imagem será para os mais velhos, um momento de recordação, e para os mais moços, a oportunidade de conhecer como foi Queimadas, para aprender que tudo na vida é uma construção e uma evolução.

O crédito da imagem abaixo é do meu amigo Erivan (fotografo), que reproduziu-a a partir de um monóculo, modalidade de fotografia muito comum por aqui até o final dos anos 70.
A foto, provavelmente de 1980, retrata Queimadas em construção. Nela se ver quase todo o centro, com as ruas Santo Antonio (antigo Rabo da Gata) a rua João Barbosa (antiga Rua da Igreja) e a Rua Eunice Ribeiro. No outro flanco, vimos o antigo açude, com pouquíssimos imóveis em suas margens. Ver-se também a BR-104, a estrada de Boqueirão, o início da Rua Nova e a Rua da Delegacia. A Vila ainda não existe, e o que se nota é que ela ainda não havia sido loteada. No canto superior esquerdo, veja o Ernestão. Já está ali o “gigante de Queimadas”, bem fora e longe da rua, como dizia os críticos da época.
Esta foto do mesmo ângulo da anterior, provavelmente do início dos anos 2000, já retrata Queimadas bem formada.

Já nesta foto de 2007, do mesmo, note uma diferença no velho açude, agora tomado pelo prédio do Marter-Supermercado.

Vista Parcial da Vila em 2008.
Outra vista da Serra de Queimadas, sentido Leste/Oeste de 2006. Arquivo Quiel.
Vista de Queimadas no sentido Leste, vista a partir da Pedra do Bico. Arquivo Marcelo Silva.
Vista da Vila a partir da Pedra do Bico. Arquivo Marcelo Silva.
Aspecto da serra de Queimadas, sentido Oeste/Leste, em 1993, mostrando a cidade a seus pés. Arquivo prof. Maurício.

Esta foto aérea é de 2004 com a visão quase total da Vila. Esse bairro que começou com lotes doados por Saulo Ernesto, prefeito da época, ou com terrenos comprados a João Basto. Levou menos de 20 anos para se formar.


TATAGUASSÚ


Algumas fontes que relatam a origem do município de Queimadas, atribui o feito inicial de sua colonização a Pascássio de Oliveira Ledo, bandeirante baiano que no final dos 1600 por aqui aportou, procurando terra para criar seus rebanhos e expandir suas propriedades.
Segundo conta-se, ele ateou fogo nas matas virgens, próximo ao boqueirão da serra, para abrir espaço para seu gado, daí o termo Queimadas (é possível que isso seja verdade). Mas, essas mesmas fontes, continuam afirmando que, em seguida o termo mudou para Tataguassú, Fogo Grande, no dizer Tupí (esse fato não é verdadeiro).
É exatamente nesse ponto que vou me apegar. Num documento dos anos 1700, que consta a petição de uma 'sesmarias' nessas paragens, faz-se menção a uma localidade chamado sítio das Queimadas e segue assim em outros documentos e livros que aparece o nome da nossa cidade, até próximo de 1940. Em nenhum momento é usado o termo Tataguassú, o que quer dizer que tal nome não existia.
Mas de onde vem esse nome?
No ano de 1938, uma lei federal tenta disciplinar a nomenclatura das cidades e vilas do país e a partir desse ato nenhuma localidade do território pode ser homônima, e como regra para isso usa-se uma certa hierarquia, prevalecendo os nomes mais velhos em relação aos mais novos e o das cidades em relação aos das vilas, como foi dito por Epaminôndas Câmara em seu livro Municípios e Freguesias da Paraíba, edição de 1997, pag. 103.
O mesmo autor aponta que havendo necessidade de substituição, os novos nomes deveriam está ligados à história, a aspectos geográficos ou as tradições locais. Na falta desses elementos, aconselhava-se o uso de termos indígenas. 
Nesta época já existia a cidade de Queimadas no estado da Bahia, e sendo assim, como aqui ainda era Vila, o nome dela obrigatoriamente tinha que ser mudado. Queimadas bem que poderia ter sido chamada de Bodopitá, em alusão a serra que corta seu território, mas foi preferido Tataguassú.
Como já foi dito, Tatá é fogo e Assú é grande, na língua Tupi. Mas o que acontece, é que não foi essa nação indígena que habitou por aqui antes da chegada dos colonizadores, e sim, os índios Cariris, que falava uma língua totalmente diferente, logo o termo Tataguassú não é desse idioma, um erro histórico incrível. No dizer de Epidio de Almeida em seu livro História de Campina Grande, um termo esdrúxulo.
De tão esdrúxulo, o nome nunca pegou e no ano de 1948, voltou para a antiga denominação de Queimadas. Porém, é indubitavelmente um termo histórico para a cidade e assim sendo, tomo emprestado para nomear esse meu projeto. EIS O BLOG TATAGUAÇU, que usarei assim, com cedilha.


Abaixo veremos o Fac-símile da lei que restaura o nome de Queimadas, antes Tataguassú, de 05 de novembro de 1948. Fonte Assembléia Legislativa da Paraíba, Arquivo Quiel.