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sexta-feira, 5 de outubro de 2012

História das eleições em Queimadas XI

2000 – a criatura X o criador

Não levou muito tempo para ocorrer o rompimento de Assis, o novo prefeito, com Tião, seu antecessor. Para Tião, essa condição era positiva, já que ele galgaria o posto de “chefe da oposição”, enquanto Assis teria que compor com os derrotados de 96 se quisesse governar. Assim, Tião poderia andar livremente fazendo sua campanha para voltar à prefeitura, livre dos desgastes de um governo que não era seu. Astuto, boa parte dos correligionários permaneceram com ele, a exemplo do vice-prefeito Zé Miranda e do presidente da câmara, Zezé. O que Tião não contava era com o advento da reeleição, instituto criado em 1998 para dá ao presidente FHC um novo mandato e que acabou beneficiando quem tinha cargo executivo na época, a exemplo de Assis em Queimadas.
Fazer uma campanha como candidato a prefeitura sendo o próprio prefeito era uma situação privilegiadíssima e Assis Maciel se aproveitou disso. Do seu lado estavam bons quadros oriundos do anti-tiãonismo e ele, no que pese, ter começado uma campanha em desvantagem, devido a desgaste de sua administração, soube superar a adversidade.
Antes de ser instituído a reeleição, desenhava-se em Queimadas uma nova disputa entre Saulo e Tião - Saulo sendo apoiado pelo prefeito. Mas, depois da nova ordem, Assis passou a ser o candidato natural e dessa forma o velho líder foi preterido – buscou alternativas, debalde, acabou se aliando a aquele que foi seu maior rival. Tião e Saulo estava no mesmo palanque novamente 24 anos depois. Os dois juntos foram sumariamente derrotados e muito analistas políticos da época se alvoraram em dizer que ambos tinham “morridos abraçados”. Ledo engano.
Saulo volta a prefeitura em 2004 e o grupo Tião, via seu filho Carlinhos, volta a dominar Queimadas em 2008.
VOTAÇÃO PARA PREFEITO
Assis Maciel (PPB) - 11.002 votos (eleito).
Tião do Rêgo  (PTB) - 6.650 votos. 
Antonio Carlos - foto ao lado - (PT) - 144  votos. 

Diferenças entre os dois mais votados:
Em número de votos - 4.352.
Em termos percentuais - 23,9%

VOTAÇÃO PARA VEREADOR
Luciano do Rêgo ( PTB) - 755 votos.
Chiquinho Maciel ( PPB) - 728 votos.
Dutra (PFL) - 702 votos.
Inácio Joaquim (PPB) - 685 votos. 
Ricardo Lucena (PTB) - 634 votos.
Zezé Anchieta (PTB) - 610 votos.  
Gedeão (PPB) - 607 votos.  
Paulo Severo (PST) - 607 votos. 
Arnaldo Maia (PFL) - 578 votos.  
Epaminonda (PTB) - 511 votos.
Paulo Roberto Bau (PST) - 480 votos.  
Josete (PTB) - 441 votos.
Diassis Ananias (PST) - 403 votos.  
Edielson (PFL) - 321 votos. 
Raimundo Farias (PFL) - 288 votos. 

Pedro Saulo - a entrada desse homem na campanha mudou o jogo completamente e deu a vitória a Assis: "o vice que eu quis/ opera e faz bonança/ é Pedro Saulo/ nosso MÃO SANTA..."
 O "quatozão" de Tião: "o povo agora vai ter vez na prefeitura/ quem assegura esse direito é Tião/ que por ser povo com o povo se mistura/ em qualquer tempo, não só tempo de eleição..."
Juarez Alves - ainda com cara de menino - um candidato da base de Tião em 2000.
 Coisas de eleição: panfleto da candidata Dutra denuncia violência na campanha.
Panfleto do candidato Maurício -  trabalho prestado, pouco valorizado.
 Assis Maciel no seu 2º mandato.
Em 2002 uma outra eleição mexeu com  Queimadas - naquele ano o Jovem Jacó Maciel se elege deputado estadual com uma votação de 20.627 votos na Paraíba, dos quais 11.059 foram em Queimadas, e é o primeiro queimadense a ocupar esse cargo.
Coluna de Geovaldo Carvalho no Correio da Paraíba.

Jacó guri, corredo nas ruas do Ligeiro.

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