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segunda-feira, 1 de outubro de 2012

História das eleições em Queimadas VIII

1988 – Tião absoluto.

A fragorosa vitória de  Tião em 82, quando ele ganhou com seus candidatos em todos os flancos, deu-lhes poderes quase absoluto nos seus 6 (seis) anos de governo, situação ameaçada apenas uma vez, em 1986, quando Saulo Ernesto disputando a vaga de deputado estadual, ganhou em Queimadas. No mais, reinou na mais perfeita calmaria, ordem essa perturbada em situações esporádica, ante a oposição ferrada de Anchieta (pai) e Raimundo Farias. Anchieta, entretanto, morreu em 86 e Raimundo tornou-se a única voz, dissonante, sem eco e principalmente sem apoios.
Saulo, principal nome da oposição se ausentara de Queimadas, indo tomar seus uísques na Capital, deixando seus correligionários entregues a própria sorte (Tião, nos discursos, fazia a seguinte analogia “eles são como lagarteiros que só aparecem de tempos em tempos”, referindo-se a cada eleição ou de 4 em 4 anos).
De sorte que, no ano de 1988, quando se aproximava a próxima eleição, o único movimento político efetivo na cidade, era em torno de quem seria o nome indicado por Tião para sua sucessão. Dois nomes: Zé Pereira e Assis Maciel e Pereira foi o ungido.
E quanto à oposição? Mario Cardoso, vereador bem votado em 82 e de uma ala independente, toma uma decisão sensata em 1986, nas eleições estaduais. Passa a apoiar o PMDB, que tinha como candidato a governador Tarcísio Burity, já que os dois grupos mais fortes da cidade, o de Tião e o de Saulo, apóiam o mesmo candidato, Marcondes Gadelha. O PMDB ganha em quase todas as cidades da Paraíba, inclusive em Queimadas, e por aqui Mario sai beneficiado, o que lhe permite pensar em ser um nome na campanha para prefeito vindoura. Foi candidato, mas não teve os apoios que esperava, não sendo queria, o principal nome das oposições.
O problema era que os descontentes com Tião só via em Saulo Ernesto a condição de combater a liderança do prefeito, e apostaram as fichas nele, não medindo esforços para colocá-lo outra vez na disputa. Ele entra, desprevenido financeiramente, mas endurece o embate, reaviva as esperanças – tudo em vão. Tião triunfalmente vence mais uma.
Zé Pereira é o novo prefeito e das 11 vagas para vereador, Tião faz 7, Saulo 3 e o PMDB 1. Tião se consolida como líder máximo e ganha o estigma de quase invencível em Queimadas.
Outro nome nessa disputa foi o de Zé Forte, pelo PT.
VOTAÇÃO PARA PREFEITO:
José Pereira dos Santos (PL) - 6.047 votos (eleito).
Saulo Ernesto (PDT) - 3.849 votos.
Mario Cardoso (PMDB) - 824 votos.
José Pereira Filho (PT) - 197 votos.
Diferenças entre os dois primeiros colocados:
Em nº absolutos de votos: 2.198.
Em termos percentuais: 20,1%
VOTAÇÃO PARA VEREADOR:
Dutra (PL) - 701 votos. 
Ricardo Lucena (PL) - 697 votos.
Gedeão (PL) - 676 votos.
Chiquinho Maciel (PL) - 558 votos.
Josete (PL) - 485 votos. 
Dão (PMDB) - 398 votos. 
Edson Lopes (PL)  - 336 votos. 
Zé Pedro (PL) - 275 votos. 
Anchita Filho (PDT) - 256 votos.
Catonhe Farias (PDT) - 254 votos.
Milton Serafim (PDT) - 212 votos.
 Zé Pereira - o prefeito eleito.
Posse de Zé Pereira.
Zé Pereira, Dutra (presidente da Câmara) e Assis: juramento.
Zé Pereira, o vice - Assis e Auxiliares.
 Tião do Rêgo - líder absoluto em 88.
 
Eronaldo Pachú, irmão do prefeito e  figura chave daquela administração.
 
Sandra Pereira, a filha braço direito.
 
Jose Gonçalo - início da carreira política.
 
Zé Pereira e um trator da prefeitura.
 
Nomes da Câmara,  Edson - situação e Zezé - oposição.
 

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