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quarta-feira, 3 de outubro de 2012

História das eleições em Queimadas IX

1992 – uma Queimadas dos novos tempos
O governo Zé Pereira se aproximava do fim com balanço final mais negativo do que positivo. Ele fez um governo razoável para a época, quando Queimadas ganhava novos ares urbanos, a exemplo do deslocamento da área comercial da cidade para as margens da BR-104, mesmo que ainda de forma tímida e, um período de considerável aumento populacional da “rua”. Mas, seu governo ficou marcado mesmo por sua ligação com a família, fazendo Queimadas conhecer o “governo de todos os santos”, uma piada recorrente nas ruas da cidade naquele início de década.
O principal problema do governo Zé Pereira foi rompimento com Tião, aquele que o tinha feito prefeito, fator que o obrigou a compor com a oposição, um tanto quanto desgastada, já que sua “forçada” saída do grupo foi acompanhada por apenas alguns remanescentes da campanha de 88. O velho Sebastião ainda era a liderança maior e poucos se alvoravam sair de sua sombra. Os observadores políticos da época apontam o próprio Tião como o pivô do rompimento, atribuindo a este um ciúme desmesurado “daquela cadeira” de prefeito, e que ele sempre teve o paradigma de romper com seus sucessores, valendo-se da máxima: “ou se é chefe do governo ou líder da oposição.
Tião começou fazer campanha para voltar à prefeitura ainda em 89, já Zé Pereira, não preparou ninguém de seu staff para sucedê-lo e quando chegou a hora do movimento eleitoral, cadê um nome capaz de concorrer com Tião. Tião que tinha o apoio do governo do Estado, Ronaldo, e era aliado da principal liderança regional, o deputado Cássio Cunha Lima, o que o deixava numa posição muito confortável, sem medo de concorrência. Aliava-se a isso o fato de ter seu governo anterior eletrificado 90% da vasta Zona Rural da cidade, uma condição muito positiva e não fazia tanto tempo assim.
Diante do quadro que se desenhava desfavorável, só restou a Zé Pereira recorrer a Saulo Ernesto, candidato natural contra Tião, para tentar equilibrar o jogo. Saulo, vindo de outros reveses, achava-se em João Pessoa prestes a se aposentar de suas atividades como funcionário público, mas não declina do convite vendo no apoio da máquina municipal a chance de voltar à prefeitura e, em cima de Tião seria mais gostoso. Ele vem como candidato, o jogo endurece, mas no final da Tião de novo. Atribuí-se o fracasso dessa campanha de Saulo a falta de traquejo político de pessoas ligadas a Zé Pereira.
Nessa eleição verificou-se também a presença de três outros candidatos a prefeito: Maurício Xavier, Ronaldo Lucena e Nadja de Zé Forte.
VOTAÇÃO PARA PREFEITO
Tião de Paula Rego (PL) - 7.041 votos (Eleito).
Saulo Leal Ernesto de Melo (PDT ) - 6.602 votos.
Ronaldo (PFL) – 823 votos.  
Maurício da Silva Xavier (PMN) – 357 votos.
Nadja Pereira (PT) – 215 votos.
VOTAÇÃO PARA VEREADOR
Dutra (PL) -  717 votos.
Gedeão (PL) - 594 votos.
Luciano do Rêgo (PRN) - 518 votos.

Ricardo Lucena (PRN) - 440 votos.
Josete(PL) - 399 votos.
Juarez (PRN) -  386 votos.
Tico Ernesto (PDT) - 314 votos.
Edileusa Borges (PL) - 307 votos.
Milton Serafim (PDT) - 298 votos.
Epaminondas (PRN) -  295 votos.
Dão (PTB) -  273 votos.
Zezé  (PDT) -  271 votos.
Gonçalo (PTB) – 269 votos.
José Pedro da Silva (PTB) - 265 votos.
Birino (PDT) - 257 votos.
Posse dos eleitos de 1992.

Material de campanha.
 


 
 
Material publicitário de Ricardo Lucena em 1992.

Panfleto do candidato a vereador José Miranda.

 Alagoão - figura conhecida da política queimadense.

Um comentário:

  1. boaa noite estou a procura de um senhor qqe foi candidato a vereador no parana o nome dele e Joaquin nunes de figueiredo filho de Nair nunes sou filha dele e nao tive a oportunidade de conhecer se alguen puder me ajudar meu nome e cristiane pereira figueiredo

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