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segunda-feira, 15 de outubro de 2012

(?)

FELIZ DIA DO PROFESSOR - OU NÃO!
O professor é aquele ente, feito para apagar a ignorância do mundo, passando para os outros a luz do saber - ou não. Teria muita coisa pra falar nesse espaço, nesse dia, na condição de professor há mais de 20 anos, mas vou me esquivar, por que meu pensamento é crítico e são muitos os pseudosdocente nesse meio, e como a verdade doi, alguns iriam se magoar comigo. Não que eu tenha medo de emitir uma opinião, não o faço para evitar brigas. Vejo ditos professores falarem cada bobagem, escrever tanta asneiras, defender certas ideologias, agir tão deselegantemente, que digo a mim mesmo: o mundo está perdido. No mais é dizer, SÃO POUCOS OS QUE PODEM SER CHAMADO DE PROFESSOR.

Sem muito para esse momento, trago hoje uma lista de professores no Município de Queimadas do ano de 1955.
Mais antes queremos que você veja a foto abaixo e faça uma reflexão, tendo uma certeza: a escola em Queimadas já foi bem parecida com isso. Epaminôdas Câmara, grande historiador e cronista campinense, no ano de 1946, fez uma dura crítica ao sistema de ensino virgente - no Estado da Paraíba havia 60 unididades escolares para atender a quase dois milhões de habitantes. As escolas daquela época eram feita para quem tinha posses e o filho do pobre... deixa prá lá. Afinal, educar pra que? Para ser um concorrente a mais no mercado de trabalho.
Hoje, quando vimos alunos estudando numa escola como o “Dinâmico”, que é mais um pardieiro, temos a nítida impressão que é isso que os governantes querem: que ninguém tenha condição de concorrer com os “meus”, com o povo lá de casa, afinal, pra eles tem que ser feito o bem.
Foto de uma escola africana achada no Facebook, uma mostra de como se fazia educação por aqui nos anos 40 e 50. Antíntese de uma escola atual, que fica lá do outro lado do oceano, onde pobres e os nem tão pobres dividem o mesmo espaço, sem distinção e são tratados com o repeito que merecem  qualquer cidadão.

Mas, vamos ao que interessa: 

EDUCAÇÃO MUNICIPAL DE QUEIMADAS NOS ANOS 50

Em pesquisa realizada por nós no Museu Histórico de Campina Grande, supervisionada pela professora Fátima Medeiros, tivemos acesso ao Semanário Oficial da Prefeitura de Campina Grande, 12 de Dezembro de 1955*, governo Elpídio de Almeida onde acha-se o ato de exoneração de pelo menos 67 queimadense que atuavam como professores(as) primário na várias localidades do antigo distrito Tataguaçú.
Ver-se, entretanto, que essas pessoas haviam sido admitidas no governo do prefeito Plínio Lemos (1951 a 1955) e não sabemos se elas foram readmitidas por seu sucessor Elpídio. Mas, o certo é que, quase todos (as) fizeram do magistério sua profissão e tudo tendo início ali, no começo dos anos 50. Anteriormente a isso não existia escolas organizadas em nosso território, quando muito, escolinhas criadas por iniciativa de algum proprietário local que chegava a abrigar um professor em sua casa a fim de ensinar as primeiras letras para seus filhos e os filhos dos agregados (moradores) mais próximos.
A organização da educação em Queimadas é um assunto que deve ser mlhor estudado.

ERAM PROFESSORES EM QUEIMADAS NO ANO DE 1955 (por ordem alfabética seguido do nome da localidade onde atuava).
Alaíde Eloy Veloso – Riacho do Meio.
Alexandrina Maria da Silva – Queimadas.
Amélia Gonzaga de Araújo – Zé Velho.
Antonio Ferreira de Miron – Maracajá.
Áurea Maria de Araújo – Serra Alta.
Beatriz Tibúrcio de Souza – Logradouro.
Carmélia Vieira da Silva – Faz. São Luiz.
Cleuza da Cruz Cunha – Queimadas.
Dejanira das Dores Barros – Boa Vista.
Enedina Velez Nóbrega – Malha Grande.
Elba Barreto Pimenteira – Queimadas.
Erotides Salomé da Silva – Pedra do Sino.
Eunice Marques – Queimadas.
Francisca de Souza – Guritiba.
Generina Nóbrega de Lima – Campo Comprido.
Herotides Vital – Queimadas.
Iracema Cardoso Taveira – Fazenda Volta.
Iraci Felício de Meneses – Olho d’água.
João Gonzaga de Albuquerque – Queimadas.
Josefa Alves da Silva – Queimadas.
Josefa Barbosa de Araújo – Baixa Verde.
Josefina Bezerra de Lima – Estrada do Castanho.
Judite Tavares de Souza – Sulapa.
Margarida do Carmo – Cuité (?).
Maria Alaíde Jordão Oliveira – Furnas.
Maria das Dores Barreto – Pereiro.
Marly Queiroga Cruz – Serraria.
Maria Anunciada da Silva – Mumbuca.
Maria Carlos Veloso – Capoeiras.
Maria do Carmo Cordeiro – Gravatá.
Maria do Carmo Cardoso – Campinas.
Maria Carmelita Pereira dos Santos – Baixa Verde.
Maria do Carmo Barreto – Pereiro.
Maria do Carmo Maia – Piabas.
Maria Eulália Cabral – Quixabas.
Maria da Guia Andrade – Capoeiras.
Maria da Guia Muniz – Jardim.
Maria José Augusto – Zumbí.
Maria José Barbosa – Campinas de Baixo.
Maria José Macedo – Queimadas.
Maria José Marques – Zé Velho.
Maria José Matias de Souza – Soares.
Maria José Serafim – Castanho.
Maria José de Souza – Cacimbas.
Maria José Viana – Gravatá.
Maria de Lourdes Cardoso – Estrada de Caruaru (?).
Maria de Lourdes Costa – Oití.
Maria das Mercês Nóbrega – Gravatá.
Maria das Neves Barbosa – Furnas.
Maria das Neves Santos – Mumbuca.
Maria Olímpia Queiroga – Faz. S. João (?).
Maria Rosendo da Silva – Calvo.
Maria Salomé da Silva – Lutador.
Maria do Socorro Bezerra – Queimadas.
Maria Vitorino de Jesus – Queimadas.
Nair de Oliveira Pereira – Lutador.
Rita Gomes da Silva – Bodopitá.
Sebastiana da Silva – Pedra do Sino.
Severina Barbosa de Araújo – Baixa Verde.
Severina Barbosa de Lima – Baixa Verde.
Severina Muniz de Araújo – Muquém.
Tereza de Jesus Gonçalves – Zé Velho.
Terezinha Jordão de Araújo – Lutador.
Terezinha Mota Silva – Cachoeirinha.
Terezinha Sena de Arruda – Catolé.
Valdecí Pereira dos Santos – Angicos.
Valdecí Peres da Silva – Maracajá.

* Elpídio de Almeida, eleito prefeito de Campina Grande em 03 de Outubro de 1955, toma posse no dia 30 de Novembro daquele ano.

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