Pesquisar este blog

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

História das eleições em Queimadas IV

1969 – O começo das definições futuras.
UMA CIDADE AINDA EM FORMAÇÃO EM BUSCA DE LIDERAÇAS LOCAIS
 

Chegou o momento de pensar no futuro político da cidade. Quem ia “reinar” em Queimadas nos próximos anos? Que se apresentem os pretendentes: seu Carlos se apresentou e Tião ficou a espreita.
Vital do Rêgo, embora fosse de Campina Grande, era quem mandava na política de Queimadas, entretanto, foi cassado pelo Regime Militar, assim perdeu força e seu grupo cambaleou, ante a eminente liderança de Carlos Ernesto que se espalhava por todo Município. Ele, Seu Carlos, há algum tempo já dava sinal que não queria ser mais um simples liderado, o mesmo acontcia com Tião, muito embora o prefeito ainda fosse do staff  “vitalista”.
Antonio Vital do Rêgo até trabalhou o nome de Saulo Ernesto para prefeito, uma forma de afagar Seu Carlos, mas este não cedeu. Alegou ser o filho muito jovem para esses embates e por fim, ele mesmo, Seu Carlos, bancou a indicação de Leonardo Honório (foto a dir.) para candidato, um parente seu, pelo lado materno. Sem contar que Leonardo era ligado a Dulce Barbosa e a família Maia (também por laços parentais), e sua candidatura era uma forma de enfraquecer o grupo de "dulcista", que foi minguando-o pouco a pouco, ficando cada vez mais fraco nas disputas locais.
Outro fator importante para se observar como estava se ordenando as  novas força da política queimadense, foi o ato de rebeldia de Tião que, rompendo com seus parentes (C. Ernesto e Vital), vai ser o vice na chapa de Camões, exatamente o único nome que naquele momento ameaçava tomar o poder dos "Vital do Rêgo" ou dessa família. Camões, vice de Dulce em 62 e o candidato dela em 66, agora tentava vôo solo
O certo é que, Camões era a bola da vez e Tião viu isto, entretanto, o jogo endureceu quando Carlos Ernesto entrou na briga e botou sua mão sobre Leonardo. A disputa foi voto a voto, no final verificando-se uma diferença mínima de 37 votos pró Leonardo, uma das menores já observadas por aqui.
Neste pleito também houve um terceiro candidato, como já foi dito acima (a primeira vez que isso se verificou em Queimadas), foi D. Dulce, neste momento com o grupo esfarcelado, testava sua liderança, mas seu desenvolvimento foi pífio.
A eleição chega ao fim trazendo algo bem mais do que um novo prefeito eleito:
Seu Carlos se consagra como líder, já que “carregara nas costas” um candidato “pesado” e o elege.
Tião (foto a dir.), que já mostrara força em 66, quando foi o vereador mais votado, se consolida como nome forte: “se fosse Tião na cabeça da chapa ele não tinha perdido”, era a voz do povo.
Dona Dulce chega ao fim. Não tem mais eleitor nem aliados capazes de lhe devolver o comando de sua terra.
Por fim, Queimadas assistiu pela primeira vez o quase épico duelo entre Saulo e Tião, desta feita para vice-prefeito. Nos anos 80 e 90 os dois iriam duelar para ver quem comandava em Queimadas.

VOTAÇAO PARA PREFEITO
Leonardo Honório (vice – Saulo Ernesto) = 1.098 votos (ARENA 2) – eleito.
Camões (vice - Tião) = 1.061 votos (ARENA 1).
Eleitores cadastrados: 4.298 eleitores.
Votantes: 2.252 eleitores.

VEREADORES ELEITOS
José Vital Figueiredo (ARENA) = 380 votos.
Evilázio Tenório (ARENA) = 287 votos.
Marieta Marinho (ARENA) = 248 votos.
Vicente Peres (ARENA) = 180 votos.
José Duarte da Costa (ARENA) = 155 votos.
Adauto Macário (ARENA) = 154 votos.
Correia Lima (MDB) = 147 votos.
Cena do governo Leonardo Honório - instituição da bandeira queimadense.
 Carlos Ernesto - liderança absoluta.
 Saulo Ernesto - o vice-prefeito mais jovem do Brasil.
Material de campanha de Tião e Camões.
Material de Campanha de Dulce Barbosa, candidata do MDB.
 José Vital Figueiredo - vereador em Campina Grande e em Queimadas e vice prefeito de Fagundes.
 
 Adauto Macário - nome da Zona Rual na Câmara.

Nenhum comentário:

Postar um comentário