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sexta-feira, 28 de setembro de 2012

História das eleições em Queimadas V



1972 – é Tião com força!
SEU CARLOS SE FIRMA COMO O NOME PRINCIPAL DA POLÍTICA LOCAL
Chegou 72, ano de novas emoções na política local.
O outrora forte grupo de Dulce sucumbira frente ao Regime Militar e as novas forças políticas emergentes na cidade, e os “Vital do Rêgo”, do outro lado, dava sinal de cansaço e estagnação. Assim, o tempo ficou bom para que novas lideranças florescerem. O velho Major havia falecido e Vital (Antonio) estava cassado pelos mesmos Militares. Isso significava dizer que uma nova ordenação política tinha que acontecer em Queimadas.
Tião, o vereador mais votado em 66 e o vice que quase deu a vitória a oposição em 69, se articula: conquista o apoio da juventude e dos estudantes, fala a língua do homem do campo e por fim seduz Seu Carlos (foto a esq.) a lhe prestar apoio. Não deu outra, Tião prefeito com uma boa margem de votos de diferença sobre seu concorrente.
Antes disso, porém, Vital do Rego não se dava por vencido e no afã de mostrar que ainda "mandava", lançou o nome do seu primo Zé Maria Ribeiro na corrida eleitoral, mas a este faltavam os apoios mais fortes, a exemplo de Carlos Ernesto que já estava com Tião “de baixo do braço”. Naquele momento vencer essa dupla era impossível.
Um detalhe: os dois candidatos acima citados não tinham o apoio do prefeito de então, o Sr. Leonardo Honório, já que este havia rompido com o grupo que o elegera e feito um governo independente da ingerência dos lideres locais. Leonardo, só, tentou lançar o nome do dinâmico Padre Bosco (foto a dir.) para sua sucessão, o padre até se alvoroçou, mas “forças ocultas” lhe dissuadiram da idéia e sobrou para ele: foi afastado das atividades litúrgicas da paróquia e em seguida transferido de Queimadas para Pocinhos.
NOTA:
O observadores da política local daquela época apontam que José Barbosa Camões Pinto (foto a dir.) era o nome mais cotado para ser o prefeito eleito em 72, isso se a morte não tivesse o abatido no princípio daquele ano.

VOTAÇAO PARA PREFEITO
Tião do Rego (vice – Antonio Monteiro) = 3.373 votos (ARENA 3) – eleito.
Zé Maria V. Ribeiro (José Pereira) = 1.076 votos (ARENA 2).
Eleitores cadastrados: 4.124 eleitores.
Votantes: 2.942 eleitores.

VEREADORES ELEITOS
Severino Pedro (ARENA) = 1.003 votos.
Manoel Cândido (ARENA) = 726 votos.
Ademilson Leite (ARENA) = 679 votos.
Anchieta Pachú (ARENA) = 433 votos.
Evilázio Tenório (ARENA) = 292 votos.
Marieta Marinho (ARENA) = 210 votos.
Paulo Epifâneo (ARENA) = 202 votos.
Os outros dois que concorreram e não lograram êxito foram Adalto Macário e Manoel Batista Sobrinho.

Diferenças entre os dois candidatos:
- Em números absolutos de votos - 2.297.
- Em termos percentuais -  51,6%.
Tião (1º a dir.) com políticos paraibanos em Brasilia em 1973.
Políticos queimadenses em 1975: assinatura do protocolo para a criação da Maternidade Municipal, nas fotos pode ser visto, entre outros, Patricio Leal, Carlos Ernesto, Tião do Rêgo, Clóves Bezerra, Evilázio Tenório e Saulo Ernesto.
Padre João Bosco: nome preterido na disputa.
Quatro vereadores queimadense da época: Paulo Epifâneo (autor do Hino da cidade), Pina (o vereador de Queimadas com maior quantidade de votos em termos percentuais), Evilázio (o cidadão que mais vezes foi vereador do Município ininterruptamente) e Marieta (1ª mulher vereadora).
Tião do Rêgo, já prefeito, ao lado do padre Miguel Raynand, substituto do Pe. Bosco, em 1973.
Antonio Monteiro - vice prefeito eleito com Tião.
Zé Pereira entrou na política como candidato a vice na chapa de Zé Maria.
Anchieta (pai) - vereador em 1972: oposição a Tião.

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