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quarta-feira, 26 de setembro de 2012

História das eleições em Queimadas III

1966 – os “Ernesto/Vital/Rego” chegam ao poder.
ESSA ELEIÇÃO MUDA O CENÁRIO POLÍTICO DE QUEIMADAS E, DIRETA OU INDIRETAMENTE, É A RESPONSÁVEL PELO APARECEMENTO DOS FUTUROS LÍDERES POLÍTICOS LOCAL
 
Naqueles meados dos anos 60 os tempos estavam mudando, a chegada dos militares ao poder trouxe uma cara nova para a política brasileira, forçando os, antes, poderosos a se ajustarem a nova ordem. Na Paraíba, lêia-se, em Campina Grande, Argemiro Figueiredo começava a perder força, carregando consigo os aliados de primeira hora, forçado que fora a ir para a oposição. A situação refletiu por aqui, respingando em Dulce Barbosa, a prefeita, que terminou seu governo com dificuldades e não conseguir eleger o sucessor. Era o início do fim de sua carreira política.
Por outro lado, tempos bons se anunciava para o grupo político “Vital do Rêgo”, liderado por Tonito (Antonio Vital do Rêgo foto a dir.), filho do Major, que era a figura mais emitente do partido governista por esses lados da Borborema, se prevalecendo da condição de genro do governador Pedro Gondin.
Da mesma forma como Argemiro mandou na política queimadense dos anos 50, tendo Dulce Barbosa como sua representante na terra Tataguaçú, os Vital do Rêgo fizeram o mesmo nos anos 60, apoiando os dois principais nomes locais do momento, Carlos Ernesto e Zé Maria Ribeiro. Daí, não houve dificuldades – eles lançaram um nome de casa para concorrer à prefeitura de Queimadas em 1966.  José Ribeiro de Albuquerque Júnior foi o ungido e levou. Inaugura-se aí a chegada da família Ernesto-Vital-Rego (foto a esq.) ao poder queimadense, para não sair mais (de 1966 a 2008 todos os prefeitos do município foram dessa família ou apoiados por eles).
Por outro lado, cambaleante, D. Dulce indica seu vice-prefeito, Camões, para combater a oposição. 
O Sr. José Camões Barbosa Pinto não era natural de Queimadas, mas tinha fortes ligações com a cidade: morava por aqui e era casado com uma filha da cidada, Alaíde, da família Cordeiro. Mesmo em situação desfavorável, Camões endureceu o jogo, perdendo por apenas 112 votos.
Dos 7(sete) vereadores eleito naquele mesmo pleito, D. Dulce fez 2 (dois) e a oposição 5 (cinco), dentre eles Tião do Rêgo, o mais votado.
 VOTAÇAO PARA PREFEITO
Zé Ribeiro (vice – Severino Amaro) = 1.380 votos (ARENA) – eleito.
Camões (?) = 1.268 votos (MDB).
Eleitores cadastrados: 4.124 eleitores.
Votantes: 2.942 eleitores.
VEREADORES ELEITOS
Tião do Rego (ARENA) = 601 votos.
Evilázio Tenório (ARENA) = 306 votos.
Marieta Marinho (MDB) = 259 votos.
Correia Lima (MDB) = 251 votos.
Gedeão do Zumbi (ARENA) = 170 votos.
José Tavares Filho (ARENA) = 169 votos.
José Pereira (ARENA) = 119 votos.
Diferença entre os dois candidatos a prefeito:
Em números absolutos de votos = 112.
Em termos percentuais = 4,2%.

Zé Ribeiro - o prefeito
 Posse de Zé Ribeiro em Dezembro de 1966.
 Zé Ribeiro em um momento social no ano de 1968.
Marieta Marinho primeira mulher a ser vereadora em Queimadas.
 
 Sebastião de Paula Rêgo a maior votação para vereador em 1966.
 Evilázio Tenório, 2º a esquerda, mais uma vez vereador, em outra foto com membros da imprensa de CG.

Antonio Vital do Rêgo o candidao mais votado em Queimadas para Deputado Federal em 1966: 1.968 votos (foto arquivos de Ivanilda Tavares).
Miltom Bezerra Cabral foi o 2º Deputado Federal mais votado nessa eleição em Queimadas: 1.138 votos (foto arquivos de Neuda Benevides).
 O 3º nome para federal foi Petrônio Figueiredo: 918 votos (foto arquivos de Ivanilda Tavares).
 
E o estadual mais bem votado foi José Braz de França: 1.672 votos (foto arquivos de Saulo Ernesto/Lili).
 
Material de Campanha do ano de 1965 do candidato a governador João Agripino, ele que em Queimadas teve 1.965 votos

Um comentário:

  1. Adriana Falcão do Rêgo27 de novembro de 2012 às 13:24

    Quero apenas corrigir o nome do estadual mais votado - José Braz do Rêgo e não de França.

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