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quarta-feira, 17 de março de 2010

O Campão - Estádio Carlos Ernesto.


Uma frase é uníssona no meio futebolístico de Queimadas: “se a cidade tivesse um estádio, o Queimadense dificilmente seria rebaixado”. Isso se deve, em todos os sentidos, a força do torcedor dessa terra, pessoas que gostam mesmo de futebol e, num pequeno “caldeirão”, empurrado pela força da torcida, dificilmente uma equipe adversária conseguiria tirar pontos do Queimadense aqui.
Digo isso baseado em fatos que testemunhei nos idos dos anos 80, quando o nosso velho “Campão”, fora palco de memoráveis partidas de futebol envolvendo times locais contra o Treze ou o Campinense, onde o maior espetáculo era proporcionado pela torcida que comparecia em massa. Sem falar é claro, nas grandes decisões de campeonatos locais, que sempre ocorria, e ainda ocorre, com a casa lotada.
Com essa minha palavras, se dá notar que Queimadas já teve um campo de futebol em condições de sediar jogos do Campeonato Paraibano, precisando de apenas pequenos ajustes e tudo estaria resolvido. Um prêmio para a torcida local que poderia ver aqui seu time profissional jogar e receber as outras agremiações do futebol da Paraíba, em condições reais de disputa.
Voltando ao caso do estádio, o campo daqui teve sua construção iniciada no 1º governo de Saulo Ernesto, no final dos anos 80 e foi batizado com o nome de Carlos Ernesto, o pai dele e um dos patronos das causas dessa cidade. Ao longo do tempo, sem passar por reformas para manutenção, o campo foi se deteriorando até se acabar definitivamente.
Depois de Saulo, o outro prefeito que fez alguma coisa pelo campo foi Zé Pereira que ali deu uma boa arrumada, construindo muros que haviam caídos, reformando as estruturas para os alambrados, colocando portões de acesso e organizado bilheterias. Mas, tudo ruiu novamente e só por milagre o campo de jogo não se acabou.
Entretanto, se cada prefeito que por aqui passou desde 1980 tivesse feito uma pequena coisa pelo estádio, com certeza, a cidade tinha um local para as grandes disputas futebolísticas. Não precisava ser necessariamente um colosso, bastava alguma coisa modesta apenas com certo conforto para os torcedores e nem isso temos.
Não quero fazer críticas a ninguém, apenas apelar pela sensibilidade de quem nos governam, no sentido de que se façam alguma coisa por aquele espaço esportivo, que de continuidade as obras que ali estão paradas. Não é necessária muita coisa, já que sabemos das dificuldades, mas, de pedra em pedra o campo seria reconstruído. Ali está um patrimônio do povo queimadense.
Nossa sequência de fotos abaixo retrata exatamente a degradação sofrida pelo campão ao longo desse tempo e, nelas vocês poderão notar a presença das estruturas que nós elencamos aqui e que irão servir para que os mais velhos rememorem aqueles dias e os mais novos tenha conhecimento do que existia ali.
2005: Só restava o campo de jogo.

2005: Note no canto diretito da foto as ruínas de uma quadra de esporte que existia no campão.

2004: Quase todo o muro já tinha ruído, veja nesta foto que mostra a parte do campo que dá para Pedra do Sino.

1998: Quase a mesma imagem, só que agora mostrando o lado dirteito do campo.
1995: Aspecto do campo todo deteriorado. Ainda se ver os restos da antiga bilheteria.
Arquivo do autor.

Detalhe de uma partida de futebol, do Bahia de Queimadas, no ano de 1986. Note a estrutura de muros que existia aquela época. Arquivo: Arnaldo Maia.

Fernando Vital, golerão dos bons de nossa terra. Veja por trás o muro e a estrurura para o alambrado. A foto é do final dos anos 80. Arquivo: Sandro e César Vital.

2º Quadro do Bahia local, anos 80: Gilmar, Jandir, Nino, Batista, Garrafão, Maxixe e Marcos. Deda, Toinho de seu Moura, Mida, Agostinho e Deda. Na foto nota-se uma estrutura de vestiário, no canto direito. Arquivo: Arnaldo Maia.

Numa visão mais ampla, veja o antigo muro que dava para a BR. O time da foto é o Cruzeiro de Queimadas, que por muito tempo foi presidido por João Félix, anos 80. Arquivo: Sandro e César Vital.

Foto do Cruzeiro no início dos anos 90. O muro que aparece é o que ficava por trás do gol que dá para a Pedra do Sino.

Pulando no tempo, início dos anos 2000, o São Paulo da Vila (time já extinto). Ainda existia muros. Arquivo: Marizardo Miranda.

Voltando o pouco mais, anos 90 - Grêmio da Vila. Arquivo: Marizardo Miranda.

E mais uma vez adiantando o tempo, eis o Grêmio da Vila nos anos 2000. Na foto aparece as granjas da Pedra do Sino e nem sinal de muro.

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